De acordo com um estudo realizado pela Associação Portuguesa de Urologia (APU), sobre a «Avaliação de práticas e conhecimento dos homens relativamente a doença prostática em Portugal», nove em cada dez dos homens consultados (90%) já tinham ouvido falar desta doença, mas apenas 20% tinham consultado o seu médico para falar especificamente sobre a doença e submeterem-se a rastreio e a um diagnóstico precoce.
Tal como explicou à Lusa o director do serviço de Urologia do Hospital Pulido Valente, em Lisboa, existem vários motivos para que seja tão pequena a margem de homens que faz rastreios, estando os principais ligados ao estigma que ainda existe em torno desta doença que afecta todos os anos em Portugal entre 3.000 a 4.000 homens portugueses.
De acordo com o especialista, «quando o cancro da próstata dá sintomas, habitualmente já passou a fase em que é curável, portanto já é uma doença avançada».
«É por isso que é muito importante ir fazer voluntariamente o despiste do cancro na próstata e detectá-lo numa fase precoce para ser curável».
De acordo com o médico Tomé Lopes, com base em dados da Associação Portuguesa de Urologia, o cancro da próstata é a segunda causa de morte por cancro entre os homens portugueses, apenas ultrapassado pelo cancro do pulmão, e tudo porque no total dos doentes, cerca de 40% só se queixa quando a doença já está avançada e as possibilidades de cura são diminutas.
Para assinalar o Dia Europeu das Doenças da Próstata, que se comemora sábado, a Associação Portuguesa de Urologia vai divulgar, quinta-feira, os resultados do estudo sobre a «Avaliação de práticas e conhecimento dos homens relativamente a doença prostática em Portugal».
Também será assinado um protocolo com a Associação Nacional de Farmácias (ANF) e a Associação Portuguesa de Doentes da Próstata (APDP), com o objectivo de melhorar os cuidados de saúde prestados aos doentes que sofrem de patologias do foro urológico.
O protocolo assinado entre as três entidades consiste na preparação de materiais informativos para o doente e de apoio à intervenção farmacêutica, elaboração de normas de intervenção no domínio das doenças da próstata, dinamização de acções de sensibilização junto da população, organização de ciclos de formação para farmacêuticos e outros profissionais de saúde e realização de estudos farmacoepidemiológicos.
Fonte: Diário Digital / NBRSolutions
13/09/2007