Governo vai comparticipar a 100% terapias para diabéticos

O Governo vai comparticipar a 100 por cento a insulina de acção lenta e a terapêutica com bombas infusoras usadas por diabéticos, segundo o secretário de Estado da Saúde, Francisco Ramos, em declarações hoje ao jornal Público.

Esta medida, conhecida no Dia Mundial da Diabetes, que hoje se assinala, entra em vigor em Janeiro e, de acordo com o Ministério da Saúde, vai beneficiar «alguns milhares de doentes».

As bombas infusoras de insulina vão chegar a apenas cerca de 100 diabéticos por ano num horizonte de cinco anos, segundo escreve o Público.

Actualmente, são apenas cerca de 150 pessoas a usar esta terapêutica devido aos elevados custos: mais de três mil euros para as bombas e entre 100 a 150 euros por mês para os consumíveis.

A insulina de acção lenta (uma injecção para reduzir as hipoglicemias) irá abranger um universo entre 20 a 30 mil doentes, mas de forma gradual, segundo estimativas de José Manuel Boavida, director clínico da Associação Protectora dos Diabéticos de Portugal.

Os diabéticos que usam esta terapêutica gastam hoje em dia 70 euros na compra de cada carteira de injecções.

Segundo o Ministério da Saúde, a comparticipação da insulina de acção lenta custará 3,7 milhões de euros só em 2008, mas no final desse ano deverá ser revisto o acordo feito com o laboratório que comercializa o medicamento.

Com a comparticipação das bombas infusoras, o Ministério irá gastar 537 mil euros no primeiro ano.

A par dos apoios a estas terapêuticas, foi criado um novo programa de prevenção e controlo da diabetes, que entra hoje em vigor, e que aposta na intensificação dos programas de rastreio e no reforço do papel dos médicos de família.

 

Fonte: Diário Digital / NBRSolutions