Como as bactérias proliferam nas mãos molhadas, o método que remove mais humidade deve, teoricamente, ser mais eficaz. Contudo, alguns estudos sugerem a interferência de outros factores.
Algumas pesquisas têm demonstrado que os secadores de ar convencionais - e os mais recentes, com sistemas de jacto de ar, em que os utilizadores enfiam as mãos num recipiente enquanto o ar dispara rapidamente - são áreas de reprodução de bactérias, que contaminam as mãos e dispersam os germes. Mas esses estudos podem apresentar um conflito de interesses: o financiamento da indústria do papel.
Em 2000, a Clínica Mayo conduziu um dos poucos estudos independentes sobre a questão. Os investigadores recrutaram 100 pessoas, contaminaram as suas mãos e, em seguida, instruíram-nas a lavá-las com água e sabão. Depois disso, pediram que passassem as mãos por um secador de ar quente durante 30 segundos ou utilizassem um pano ou toalha de papel descartável por 15 segundos.
No final, os cientistas observaram um empate: ambos os métodos secaram bem as mãos e produziram reduções equivalentes de bactérias. Outros estudos que analisaram anti-sépticos com álcool mostraram que estes eliminam a maioria das bactérias, mas nem todos os vírus, como o norovírus. Além disso, para serem eficazes, devem conter pelo menos 60% de álcool na sua composição.
A melhor evidência disponível indica que o método de secagem é menos importante do que a quantidade de tempo investido na eliminação dos germes: quanto mais tempo, melhor.
23/09/2010
Fonte: Diário Digital